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28 de dezembro de 2012

AÉCIO SE REÚNE COM PAIS DO REAL E QUER NOVA AGENDA

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Senador mineiro e presidenciável tucano conversou no Rio, durante várias horas, com os economistas Arminio Fraga, Edmar Bacha e Pedro Malan. Fernando Henrique Cardoso também estava presente e a ordem é colocar a campanha na rua, com foco nos assuntos econômicos

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) parece estar mesmo disposto a entrar com o time em campo na corrida para a presidência em 2014. Para isso, o principal nome da oposição ao governo Dilma Rousseff quer definir prioridades e projetos alternativos, para serem apresentados ao país já em 2013.

Aécio chamou ao seu apartamento no Rio de Janeiro três economistas de peso e afinados com os tucanos: o ex-presidente do Banco Central Arminio Fraga; o ex-ministro da Fazenda Pedro Malan; e o ex-presidente do IBGE Edmar Bacha. Todos, de um modo ou de outro, participaram das discussões que resultaram no Plano Real, em 1994 -- Bacha, mais diretamente, foi um dos pais daquele plano.

A ideia de Aécio é não ficar refém de um discurso pautado basicamente em denúncias contra o governo federal. A avaliação de seu grupo político é que, sempre que alguma denúncia for feita, e se ela tiver eco na sociedade, o senador mineiro não vai deixar de criticar. Mas a meta é não priorizar essa tática, que foi, no fim das contas, derrotada nas duas últimas eleições presidenciais.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso também esteve presente na reunião. Nos últimos dias, FHC tem se destacado como maior entusiasta pelo nome de Aécio como candidato dos tucanos em 2014. No encontro no apartamento do ex-governador mineiro, Fernando Henrique voltou a defender que Aécio assuma logo a candidatura e faça discurso de candidato, ainda em 2013.

O grupo de economistas defendeu que o senador mineiro resgate bandeiras históricas do PSDB, e que estariam relegadas a segundo plano nos últimos anos, como as parcerias com a inciativa privada, principalmente em obras de infraestrutura (aeroportos, rodovias e hidrelétricas).

Um ponto polêmico é o tratamento dado às privatizações. Nas duas últimas disputas presidenciais, com Geraldo Alckmin e José Serra, o candidato tucano foi muito atacado por, supostamente, defender um modelo privatista para a economia. O grupo de economistas que se encontrou com Aécio participou dos programas de venda de estatais nos dois mandatos de FHC. A ideia é não esconder esse lado e, pelo contrário, defender as privatizações feitas naquele período. O legado da gestão de FHC, também ao contrário do que fizeram Alckmin e Serra, será defendido com mais ênfase.

Por Heberth Xavier_247

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