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29 de dezembro de 2012

Até dois anos a criança precisa de leite materno


Por meio de oficinas serão capacitados mil profissionais de saúde para a multiplicação de informações que incentivem a alimentação saudável

A partir do próximo mês, o Ministério da Saúde promoverá novas ações de incentivo à alimentação saudável para crianças menores de dois anos, como parte da estratégia da Rede Cegonha. Por meio de oficinas de formação, o governo federal pretende capacitar mil profissionais de saúde que atuam em Unidades Básicas de Saúde (UBS) para que sejam multiplicadores de informações que incentivem, também, o aleitamento materno até o segundo ano de vida da criança.

O objetivo é que o aumento da qualidade dos alimentos consumidos até os dois anos de idade – complementados com leito materno, quando possível – influenciem para a melhoria dos indicadores de saúde das crianças nesta faixa etária, como preconizado

Pela Rede Cegonha, um dos principais projetos da atual gestão do Ministério da Saúde, que prevê o incentivo à amamentação, assim como a doação de leite. Lançada em março do ano passado, a Rede Cegonha, já destinou investimentos federais R$ 2,5 bilhões para qualificar a assistência à mulher e ao bebê. As ações vão desde o reforço do planejamento familiar à confirmação da gravidez, passando pelo pré-natal, parto, pós-parto, até os dois primeiros anos de vida da criança.

CAPACITAÇÃO- A realização das oficinas faz parte da Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil. Para 2013, estão previstas 50 oficinas de capacitação de tutores em todo o território brasileiro. Os cursos vão ocorrer em todos os estados e os profissionais formados terão a responsabilidade de replicar a estratégia a outros profissionais de saúde.

“O profissional de saúde deve estar atento às necessidades da criança, da mãe e de toda a família, acolhendo dúvidas, preocupações, dificuldades e oferecendo informações seguras a todos”, explica o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. “A amamentação até os dois primeiros anos de vida é muito importante para o desenvolvimento da criança e contribui para a prevenção de doenças”, completa o ministro.

RECOMENDAÇÕES –O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendam a amamentação exclusiva até os seis meses de vida. Depois disso, o bebê pode começar a receber outros alimentos saudáveis, mas a orientação é que seja mantida a amamentação até os dois anos de idade ou mais (a critério da mãe). Estima-se que o aleitamento materno seja capaz de diminuir em até 13% a morte de crianças menores de 5 anos em todo o mundo por causas preveníveis. Nenhuma outra estratégia isolada alcança o impacto que a amamentação tem na redução das mortes de crianças nessa faixa etária.

Segundo a OMS e o Programa das Nações Unidas para a Infância (Unicef), em torno de seis milhões de vidas de crianças estão sendo salvas no mundo, a cada ano, por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva. Contudo, no Brasil, dados da II Pesquisa de Prevalência de Aleitamento Materno – realizada nas capitais brasileiras e no Distrito Federal, em 2008 – revela que 41% das crianças menores de seis meses de vida estavam em aleitamento materno exclusivo. As demais tinham experimentado outro alimento já nas primeiras semanas ou meses de vida.

AVANÇOS – A Organização das Nações Unidas (ONU) já atestou que o Brasil alcançou antecipadamente os índices de redução definidos nas metas dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODB) em relação a óbitos de crianças. Ataxa de mortalidade infantil (até um ano de idade), no Brasil, mantém tendência contínua de queda desde 1990. Passou de 47,1 óbitos para cada mil bebês nascidos vivos para 16,2 mortes, em 2010. A mortalidade Neonatal precoce também reduziu e registrou 8,8 óbitos para cada mil nascidos vivos.

“A amamentação é uma estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança. O recomendado à mãe é que ela amamente seu filho até dois anos ou mais”, afirma Paulo Bonilha, coordenador de Saúde da Criança do Ministério da Saúde.

ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR- Muitos pais e mães se sentem inseguros quando chega a hora de introduzir novos alimentos à dieta das crianças que completam seis meses de idade.“O profissional de saúde tem um papel fundamental na orientação e no auxílio à família da criança. E o sucesso da alimentação complementar depende de paciência, afeto e apoio de todos envolvidos nos cuidados da criança”, afirma Patrícia Jaime, coordenadora de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde.

Como destaca Patrícia Jaime, os hábitos alimentares são formados nos primeiros anos de vida. A oferta de alimentos não saudáveis contribui para o desenvolvimento um modelo de nutrição que favoreça o excesso de peso, deficiências nutricionais e diversas doenças.

ALIMENTA BRASIL– A Estratégia Amamenta e Alimenta Brasil é o resultado da integração de duas importantes iniciativas do Ministério da Saúde: a Rede Amamenta Brasil e a Estratégia Nacional para a Alimentação Complementar Saudável (ENPACS). Ano passado, as duas estratégias formaram mais de 4,5 mil tutores e envolveram mais de 38 mil profissionais da Atenção Básica em todo o país.

             Fonte: Adaptação da Sociedade Brasileira de Pediatria (2006)

A expressão “papa de fruta” destaca a consistência com que deve ser oferecido esse alimento, ou seja, amassado ou raspado.

Papa Salgada – alimentos preparados e amassados, como carne com legumes.

Por Fabiane Schmidt e Tatiana Alarcon, da Agência Saúde – Ascom/MS
(61) 3315-6261 / 3580

Fonte Ministério da Saúde.

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