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1 de janeiro de 2013

Brasil fecha 2012 com índice recorde de jornalistas assassinados

O Brasil se tornou, em 2012, num dos países mais perigosos para se trabalhar como jornalista. Foram registradas de 132 mortos no exercício da profissão, de acordo com o Instituto Internacional da Imprensa, com sede em Viena.

No ranking macabro, o Brasil ficou com um lamentável quinto lugar, contabilizando cinco mortes, atrás apenas da Síria em guerra civil, com 31 jornalistas e oito funcionários de veículos de informação mortos; da Somália, com 16 jornalistas mortos; do Paquistão, onde oito foram vítimas da violência; e do México, com sete, em meio a graves conflitos envolvendo grupos de narcotraficantes.

Atrás do Brasil ficaram Colômbia e Honduras (três jornalistas mortos em cada).

“É o maior número de jornalistas mortos desde que o Instituto Internacional da Imprensa começou a registrar de maneira sistemática a morte violenta de jornalistas, ou seja, desde 1997″, indica o IPI (siglas em inglês) em um comunicado.

“O recorde anterior foi registrado em 2009, com 110 jornalistas mortos, incluindo 32 durante o massacre de Maguindanao, nas Filipinas”, indica o IPI. Em 2011, 102 jornalistas perderam a vida enquanto faziam reportagens.

Para o diretor do IPI, Alison Bethel McKenzie, “é incrível que tantos jornalistas tenham sido mortos em 2012″.

Em matéria de restrições ou entraves à liberdade de imprensa, o Instituto Internacional da Imprensa indica uma série de países, em diversos níveis: Estados Unidos, Argentina, Cuba, Equador, China, Nepal, Egito, Israel, Belarus, Reino Unido, Grécia, Rússia…

A Turquia recebeu um capítulo particular, com cerca de 70 jornalistas presos, “um recorde mundial”, segundo o IPI.

Como destaques positivos, o Instituto revelou “progressos significativos” em Mianmar.

No dia 18 de dezembro, a organização Repórteres sem Fronteiras (RSF) e o Comitê para a Proteção dos Jornalistas haviam apresentado registros diferentes para o ano de 2012: 88 jornalistas mortos em trabalhol, segundo o RSF, e 67 morts, de acordo com o CPJ.

Fonte: Carta Capital

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