SindMetal apoia trabalhadores em protesto na porta da Ypê em Amparo

Os diretores da entidade reforçaram a manifestação que cobrou melhores condições de trabalho na fábrica.

O SindMetal passou todo o dia na porta da Ypê, em Amparo, nesta terça-feira (2), para apoiar os trabalhadores que protestavam por melhores condições de trabalho e mais segurança após a morte do auxiliar de armazenagem Antonio Donizete Gonçalves Leme, de 42 anos, que foi prensado por um elevador de transporte de pallets na noite de segunda-feira (1).

Os diretores da entidade fizeram questão de reforçar a manifestação e cobrar providências para evitar novos acidentes de trabalho na fábrica. “Uma vida é perdida dessa forma e a empresa reage preocupada apenas com a produção. Apesar de não ser uma empresa da nossa base, fizemos questão de vir manifestar nosso apoio aos trabalhadores e repudiar a ganância e a negligência de quem só se preocupa com o capital e esquece do ser humano”, afirmou o diretor Valdir Pereira Silva.

ACIDENTE FATAL

Segundo a Polícia Civil, o equipamento onde o acidente aconteceu, que é automático, parou e precisou de intervenção manual. Antônio Donizeti Gonçalves Leme, responsável por gerenciar o sistema, ficou preso entre a escada e a cabine do elevador. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros, mas morreu na Santa Casa Anna Cintra.

O acidente ocorreu por volta das 21h30. De acordo com o boletim de ocorrência, o translevador monitorado por computador faz o empilhamento para armazenagem de pallets com caixas de produtos e parou.

Representantes da empresa declararam à Polícia que, durante a manutenção, o funcionário prende uma alça na cabine de transporte e outra na escada externa, para evitar a queda. Mas por algum motivo a cabine foi acionada, andou e deu um tranco na vítima.

Segundo a polícia, a vítima foi "esticada" entre um trecho da escada e a cabine e morreu por asfixia. A perícia passou a madrugada na empresa fazendo levantamentos e o 2º Distrito Policial investigará o caso.

PROTESTO

Centenas de trabalhadores participaram do protesto em frente á fábrica, após a morte do colega. Eles paralisaram as atividades por volta das 5h e permaneceram durante todo o dia na porta da empresa para pedir melhores condições de trabalho, aumento de 20% no piso salarial, além de outras reivindicações.

POSICIONAMENTO

Em nota, a Química Amparo lamentou o acidente e afirmou que prestou socorro necessário, além de comunicar as autoridades para apuração dos fatos. A empresa informou que se solidariza à família e presta toda a assistência necessária, além de reforçar seu compromisso com a segurança no ambiente de trabalho.

A respeito da manifestação em frente à unidade, a companhia esclareceu que está aberta ao diálogo com os representantes.

Fonte Sindicato dos Metalúrgico de Jaguariúna e Região