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15 de junho de 2014

PCdoB realiza grande convenção e quer dar o troco das vaias nas urnas.

Militantes do Partido Comunista do Brasil de São Paulo afirmaram em sua convenção eleitoral que darão o troco das vaias que setores mais conservadores deram para a presidente Dilma Rousseff nas urnas, para consolidar o projeto nacional em curso e avançar nas mudanças.

Por Ana Flávia Marx

O Partido Comunista do Brasil consolidou de forma uníssona, ontem (14) o apoio ao petista Alexandre Padilha durante grande convenção que contou com a participação de mais de 500 pessoas, entre elas diversas lideranças, militantes e pré-candidatos a deputados estaduais e federais.

Um terço da economia do Brasil é produzida a partir do estado de São Paulo, o peso que esse estado tem na população, na cultura, no eleitorado, visto que temos perto de 30% dos eleitores brasileiros, faz com que a batalha nacional tem aqui o seu palco principal. O resultado da eleição estadual tem grande repercussão nacional, isto porque é aqui que o PSDB aplica o receituário neoliberal, principalmente com privatizações e retirada de direitos trabalhista, como explicitado no caso das demissões dos metroviários que realizaram a última greve.

O presidente nacional do PCdoB, Renata Rabelo, participou do ato político e apresentou as ideias do partido sobre a situação política nacional. De acordo com Rabelo, o país está em um momento de grandes decisões com a disputa de dois projetos econômicos, sociais, políticos, de nação e de povo. 

“Se esse país tem caminhar adiante, se o país tem que avançar socialmente como vem conseguindo, se esse país consegue realizar a inclusão social, que vem sendo feita, se esse país é respeitado internacionalmente, não tem outro caminho, temos que ir adiante e isso significa a reeleição da presidente Dilma Rousseff”, reafirmou Renato. 

Segundo Rabelo, a oposição e a direita está sem liderança credível, sem liderança respeitada. Não propõe nada, esconde, só critica e tenta desacatar a presidente da república. “Vejam a mediocridade deles, eles estão desesperados”, apontou.

A vice-prefeita de São Paulo, Nádia Campeão, que é responsável pela Copa do Mundo na cidade, afirmou que o ‘clima político está virando’ depois da abertura do evento mundial.

“Essa semana é importante para nós, porque nós começamos a virar o clima político do país, porque aqueles que apostaram que o nosso país ficaria de joelhos, com a campanha horrorosa que fizeram, dizendo que nós não somos capazes de realizar a Copa, que não teríamos estádios prontos, que seria uma vergonha, viram na abertura a capacidade do Brasil de por de pé um evento mundial. E se perguntam: onde estava o caos?”, denunciou Nádia.

É uma vitória do governo brasileiro, segundo a vice-prefeita, porque acreditou que podia fazer a Copa, como acredita que o Brasil pode continuar mudando a vida de 200 milhões de brasileiros.

O prefeito de Jundiaí, Pedro Bigardi, defendeu a presidente Dilma e afirmou que quem a vaiou e xingou é quem quer dividir o país em ‘primeiro e segundo grupo. “Não podemos aceitar, em hipótese alguma, que tenhamos uma sociedade com diferentes direitos, nós não vamos aceitar um país dividido. Vamos tornar o insulto em vitória na urna”.

Para auxiliar a presidente Dilma na promoção de mudanças que o país necessita, os comunistas paulistas apresentaram três candidatos à Câmara dos Deputados: Netinho de Paula, Protógenes Queiroz e Orlando Silva, que conforme a tática nacional do partido, para eleição deles, é preciso concentração e afinco da militância para contribuir com a eleição de 20 deputados em todo o país.

Está na hora de mudar São Paulo

O presidente estadual, Orlando Silva, apresentou o pré-candidato a governador como “um homem corajoso, que construiu um programa importante - o Mais Médicos - que permitiu que cerca de 2300 pudesse atender a população nos lugares mais recônditos do nosso estado”.


“Além do programa, há uma série de ações que ele realizou, não só no Ministério da Saúde, mas também na Coordenação Política do governo Lula, que o qualifica como um postulante para renovar o projeto político de São Paulo e encarar cada um dos desafios que o nosso estado tem”, afirmou Orlando.

Segundo o presidente comunista, é necessário abrir um novo ciclo político no estado de São Paulo, com novas forças políticas que dêem conta de apresentar uma renovação de perspectiva, fortalecendo o peso, protagonismo e a importância histórica que São Paulo teve e que relativamente tem perdido desconectada do projeto nacional que está em curso. 

Alexandre Padilha conhece parte da militância comunista, pois sua mãe foi militante do partido da base dos médicos e disse contar com o partido para ganhar a eleição e governar o maior estado do país.


“Conto com a militância do PCdoB para que a gente percorra juntos cada canto do estado de São Paulo. Não vai ter uma região que não estaremos nós juntos com o povo, em uma escola, bairro, fábrica ou outro local de trabalho que não estaremos nós, debatendo um novo projeto político para o nosso estado”

O estímulo da militância não é pequeno, visto que encarará mais uma vez a candidatura de Geraldo Alckmin, candidato pelo PSDB, partido que já governa o maior estado da federação há 20 anos. Por esses fatores, a eleição é encarada pelos comunistas como grande desafio que requer concentração total nos próximos meses.

“O símbolo de maior ineficiência é a crise da água. Faz trinta anos que não há investimento na estrutura hídrica do estado de São Paulo, por absoluta incapacidade e incompetência de planejar e organizar investimentos que são tão importantes para a economia”, denunciou Orlando Silva.

A presidente da União Estadual dos Estudantes, Carina Vitral, também falou da necessidade de mudar a orientação do projeto político no estado. “Nós melhoramos de vida, mas é aqui em nosso estado onde a direita encontra as suas raízes e projeto é voltado à elite. As nossas universidades, por exemplo, não fazem sequer o debate de cotas, que já estão sendo implantadas em todo país”.

Chapa ampla e plural de candidatos a deputados estaduais

Mais de cem delegados aptos para votar, aprovaram por unanimidade as resoluções apresentadas e a chapa própria para a disputa na Assembleia Legislativa. O objetivo é ampliar a bancada comunista, que hoje conta com duas deputadas. A chapa é composta aproximadamente por cem nomes de diversos segmentos, associações, movimentos e cidades.

Para a líder do PCdoB na Assembleia Legislativa, Leci Brandão, o parlamento estadual precisa ter deputados comunistas, comprometidos com as causas do povo. “Esse não é um partido pequeno, ele tem 92 anos, tem apenas duas representantes nesta Casa, mas acima de tudo, é um partido respeitado por todos os partidos que têm representação aqui dentro porque tem uma história de luta e de defesa da democracia”.

Pedro Bigardi também ressaltou a importância dos candidatos à Assembleia. “O PCdoB é imprescindível e nós temos um time que vai estar unido, lutando por esse projeto de ampliar a nossa bancada”.

O Partido também apresentou o pleito de participar da eleição majoritária e indicou o nome do ex-deputado federal, Jamil Murad, para ser suplente do senador Eduardo Suplicy.

Participaram também do ato político o senador Eduardo Suplicy, os deputados federais Protógenes Queiroz e Gustavo Petta, o vereador Netinho de Paula, o presidente da CTB de São Paulo, Onofre Gonçalves, a presidente da União Brasileira de Mulheres, Rozina Conceição, Maria José, a Lia, presidente da Facesp, entre outras diversas lideranças.

Veja mais fotos da Convenção Eleitoral do PCdoB-SP

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