Denúncia publicada na imprensa nacional, neste sábado (6), aponta que o vereador Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP) usa verbas da prefeitura para trocar obras em campos de futebol por votos e apoio político na periferia de São Paulo. Na eleição para a prefeitura selou acordo do PR com o tucano José Serra.

Avener Prado/Folhapress
A estratégia tem transformado dirigentes de times amadores em cabos eleitorais de sua campanha à reeleição, concentrada na zona sul. A moeda do vereador, conhecido como Carlinhos na Câmara, é a instalação de gramados sintéticos, com valor estimado em R$ 1 milhão cada.
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Em encontro na última semana, o vereador cobrou a instalação de placas de sua campanha nos gramados e ameaçou cortar verbas para melhorias de quem não entregar os votos que espera receber amanhã.
"Antigamente, tinha uma dificuldade para saber quem ajudou e quem não ajudou. Hoje é a maior tranquilidade, a gente sabe urna por urna. Eu vou saber quem me ajudou quem não me ajudou", ameaçou Rodrigues durante reunião.
Controle
Rodrigues exerce controle político sobre a Subprefeitura de Campo Limpo, Rodrigues disse comandar os CDCs (Clubes da Comunidade), instalações esportivas em terrenos do município. "Fui num campo outro dia e não tinha um carro com meu colante. Eu quase mandei destituir o CDC", contou, irritado. "Não é justo. Não é estupidez, isso é ingratidão. Mandei ver a casa dos diretores e não tinha uma plaquinha minha. Porra, não sabiam que eu era candidato?"
Sem nenhuma cerimônia, o vereador disse abandonar os campos cujos dirigentes não atuam em suas campanhas. E reconheceu que a prática é uma "judiação" com o povo.
"Fala um campo aqui que eu deixei... Deixei o do Independência. Porra, eles não tão comigo! Para que eu vou regar coisa que não dá fruto? É uma judiação pra população, mas eles que vão pedir pra quem eles votam", disse.
Perfil
Considerado o principal líder do "centrão", grupo de vereadores sem nitidez ideológica que orbita em torno de todas as administrações municipais, Rodrigues é um político capaz de transitar em todos os partidos.
Ele tem adiado a posse em Brasília, deixando São Paulo com um representante a menos no Senado, para fazer campanha de reeleição. Sua meta é garantir posto "reserva" nos próximos quatro anos e não ficar sem mandato caso Marta deixe o ministério.
Com informações da Folha
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