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31 de dezembro de 2012

Eleição de 2012: vitória da esquerda

Haddad e Nádia comemoram vitória
Haddad (prefeito) e Nádia Campeão (vice): vitória em São Paulo

A eleição municipal de 2012, que foi o principal acontecimento político no país, registrou u significativo avanço das forças democráticas, progressistas e patrióticas, e um forte encolhimento da direita.

Na disputa para prefeitos e vereadores, nos 5.564 municípios brasileiros, os tucanos perderam seu maior reduto, a cidade de São Paulo, para cuja prefeitura o povo escolheu Fernando Haddad, candidato do PT, PCdoB e demais partidos da base aliada do governo, e derrotando um dos principais líderes do tucanato, o ex-governador José Serra.

Em todo o país, o resultado final indicou um nítido crescimento das forças de esquerda e centro esquerda. O eleitor pôs nas mãos de prefeitos da base aliada mais de 60 por cento das prefeituras do país. Ficou claro também o encolhimento da oposição conservadora e neoliberal, mesmo com as vitórias localizadas que alcançou, destacando-se a conquista de capitais como Manaus e Belém (PSDB) e, sobretudo de Salvador (DEM), que garante uma sobrevida ao cambaleante partido direitista remanescente do período da ditadura militar.

O núcleo duro da oposição neoliberal e conservadora, formado pelo PSDB e o DEM, ficou reduzido a apenas seis prefeituras de capitais, saindo severamente chamuscado da disputa municipal deste ano.

Este diagnóstico é confirmado também quando se considera o desempenho dos partidos no chamado G85 formado pelas maiores cidades do país (26 capitais e 59 municípios com mais de 200 mil eleitores, somando 50,8 milhões dos eleitores, ou seja, 36,2% do total), o PT lidera com 16 prefeituras, seguido pelo PSDB com 15, PSB com 11, PMDB com seis e o PCdoB com cinco.

Desempenho comunista

O Partido Comunista do Brasil lançou, em 2012, um número recorde de candidatos, concorrendo em 2.306 cidades (isto é, em 41% dos 5.564 municípios do país). Foi um crescimento extraordinário, três vezes maior do que os 757 em que concorreu em 2000, ano em que o PCdoB elegeu sua primeira prefeita desde 1947, a atual deputada e vice-presidente nacional do Partido Luciana Santos, em Olinda (PE).

O PCdoB elegeu 56 prefeitos nesses municípios, 976 vereadores e 87 vice-prefeitos. Teve 2,9milhões de votos para vereador e 1,9 milhão para prefeitos. 

Entre os 56 prefeitos comunistas, quatro estão em cidades grandes (com mais de 200 mil eleitores): Olinda (PE), Contagem (MG), Belford Roxo (RJ) e Jundiaí (SP); dois em cidades entre 100 mil e 200 mil eleitores: Juazeiro (BA) e Barra Mansa (RJ); e 50 em municípios com menos de 100 eleitores, divididos em: Bahia, 12; Ceará, sete; Piauí, seis; Maranhão e Minas Gerais, cinco cada; São Paulo, quatro; Acre, Amazonas e Pernambuco, dois cada; Amapá, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Sergipe, um cada. A força do partido transparece também na eleição de três vices em capitais (São Paulo, Recife e Rio Branco). 

Rumo a 2014

A partir destas eleições municipais o Brasil vence mais uma etapa de consolidação do seu processo democrático e de evolução das forças de esquerda e centro-esquerda. Igualmente, os resultados lançaram as bases para a forçar a correlação de forças para o próximo embate eleitora, que envolverá a presidência da República, os governos estaduais, o Senado, a Câmara dos Deputados e as assembleias legislativas estaduais, que ocorrerá em 2014.

Fonte Vermelho.

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