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26 de setembro de 2013

Jô Moraes diz que lucros dos bancos permitem melhorar salários

Em discurso no plenário da Câmara, nesta quinta-feira (26), a deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) destacou que as reivindicações dos bancários - em greve nacional – de aumento salarial de 11,9%, “são plenamente compatíveis com o elevado lucro que o sistema financeiro teve nesse período”. 

Jô Moraes diz que lucros dos bancos permitem melhorar salários
Os trabalhadores querem aumento de 11,9%, que significa apenas 5% de aumento real; os bancos tem lucratividade em torno de 20%.
Para a parlamentar, “o setor financeiro, o que mais lucra, o que mais explora o setor industrial, o que mais explora os consumidores com seus cartões de crédito, o que mais explora a economia do País, tem de responder aos trabalhadores que lhe garantem os lucros”, afirmou, manifestando solidariedade a luta dos bancários por mais segurança no trabalho e melhoria salarial.

Segundo Jô, o maior banco privado, Itaú Unibanco, teve o segundo maior lucro da história do sistema financeiro, chegando, nesse primeiro semestre, a mais de 7 bilhões de lucro, o que corresponde a superar o PIB (Produto Interno Bruto) de 33 países, entre eles Timor-Leste e Gâmbia. 

“O lucro do Banco do Brasil é o maior lucro desse primeiro semestre e o maior da história do sistema financeiro. Se formos analisar o do Bradesco, que é o terceiro, veremos que também apresentou um nível muito elevado”, portanto o sistema financeiro tem condições de atender as reivindicações dos seus empregados.

A Federação Nacional de bancos (Fenaban), no entanto, respondeu aos trabalhadores com a oferta apenas da reposição da inflação. “Isso é um absurdo, porque uma estrutura econômica que chega a ter um grau de lucratividade em torno de 20%, diferente do setor industrial, não pode se negar a dividi-la com seus trabalhadores, os verdadeiros responsáveis por essa rentabilidade”, avalia a deputada.

Os trabalhadores do sistema financeiro estão parados reivindicando um aumento de 11,9%, que significa apenas 5% de aumento real. Eles querem também ampliar a participação nos lucros, os auxílios creche e alimentação, combate à precarização das condições de trabalho e, sobretudo, medidas de segurança.

Para a deputada (foto), essas reivindicações seriam analisadas como injustas já que a economia mundial passa por uma crise, mas os lucros dos bancos desmente essa avaliação. 

De Brasília
Márcia Xavier

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