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26 de junho de 2012

GO - Auditores-Fiscais do Trabalho flagram falta de condições de higiene em hospital



O Grupo Especial de Auditorias do Trabalho nos Estabelecimentos de Saúde Pública e Privada, da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Goiás – SRTE/GO, flagrou lixo em grande quantidade e falta de desinfecção nas dependências do Hospital de Urgência do Município de Aparecida de Goiânia – HUAPA na semana passada. 

Por falta de pagamento, os trabalhadores da empresa terceirizada, que presta serviços de limpeza no HUAPA, paralisaram as atividades. Segundo a coordenadora do Grupo, a Auditora-Fiscal do Trabalho Jacqueline Carrijo, a empresa foi autuada por descumprir a Norma Regulamentadora - NR 32, referente à Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Assistência à Saúde, e notificada a exibir os comprovantes de crédito na conta dos empregados. O Hospital foi interditado até que a situação se regularizasse. 

Na sexta-feira, 22 de junho, a empresa realizou o pagamento, mas o HUAPA só foi reaberto para receber empregados e novos pacientes nesta segunda-feira, 25. “Só autorizamos a reabertura depois de concluída a limpeza, desinfecção e dedetização, que durou 48 horas e foi acompanhada pela Comissão de Controle de Infecção Hospitalar”, afirma Jacqueline. 

Durante a operação, os Auditores-Fiscais do Trabalho encontraram sacos com grande quantidade de lixo depositada diretamente no chão no expurgo do Centro de Material e Esterilização – CME, além de vazamento de água no piso e galões de glutaraldeído vencidos – componente usado em desinfetantes e esterilizantes ambulatoriais e hospitalares - em cima das bancadas. “Também constatamos depósito de lixo infectante cheio, além de luvas de procedimento usadas, copos e sacos espalhados na área externa do Hospital”. 

Segundo Jacqueline, o Grupo inspecionou a sala de Unidade de Terapia Intensiva Adulta – UTI, corredores, Centro Cirúrgico e depósito de materiais. Havia papel e restos de comida descartados no corredor e os banheiros dos trabalhadores também estavam cheios de lixo. 

“O Centro Cirúrgico foi interditado pelos médicos, na quarta-feira passada, depois que realizaram uma cirurgia em paciente com doença infectocontagiosa e a sala não foi desinfectada”, relata a Auditora-Fiscal. Além disso, o Grupo constatou a falta de Equipamentos de Proteção Individual – EPIs e de capotes cirúrgicos, uma tipo de jaleco descartável para uso hospitalar. 

De acordo com Jacqueline, sem condições de trabalho, os próprios profissionais do HUAPA, também na semana passada, chegaram a parar setores do hospital, deixar de fazer procedimentos e negar novas internações. “A situação era crítica, pois o HUAPA é hospital de urgência, uma referência na cidade de Aparecida de Goiânia”. 

O Sinait observa que o setor de saúde exige procedimentos rígidos de limpeza e segurança para evitar infecções e transmissão de doenças, além de cortes e outros ferimentos em trabalhadores e pacientes. A fiscalização neste setor tem sido meticulosa e rigorosa.

Fonte SINAIT.

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